Bruxelas, dia 5

Parlamento Europeu

Há dias em que acordamos muito atordoados sem noção do tempo e com a boca seca, este foi um deles e durante os segundos que demorei a chegar ao telefone para ver a horas pensei mesmo que estava atrasado para a visita ao Parlamento Europeu, o que seria muito mau já que era o único horário que tinha para cumprir nestes dias. Não estava. Mas houve quem se queixasse por eu não ter dormido mais umas horas…

Parece que havia alguém que sabia os transportes que tínhamos de apanhar e por isso a viagem não foi muito complicada, apenas demorou algum tempo.

Chegando lá tivemos numa agradável conversa com euro-deputado Carlos Coelho durante cerca de três quartos de hora, a única coisa que me espantou neste espaço de tempo é que houvessem cromos a fazer perguntas para a fotografia, já deviam ter percebido na Universidade de Verão que isso não produz grandes resultados. Seguiu-se uma visita à sala de plenário com as devidas explicações, como não havia sessão a coisa foi rápida e daí a nada estávamos a vir embora. Sinceramente estava à espera de mais, mas admito que por sermos um grupo especial – todos ali tinham frequentado a UV e portanto tinham obrigação de conhecer minimamente o funcionamento das principais instituições europeias – tenhamos tido um tratamento especial.

Recebemos um convite do senhor euro-deputado para jantar, não deixa de ser curioso que em Bruxelas nos convidem para jantar no “Centro Galego de Bruxelas”, propriedade de um português, para comer paella ou borrego.

Até lá ainda houve tempo de comprar os chocolatinhos da praxe para levar para a família, amigos e colegas de trabalho.

O jantar foi muito porreiro, na nossa mesa pudemos contar com a presença de um Carlos Coelho deveras animado, solto de alguns toques de snobismo que ainda conseguem resistir na animação das festas na piscina da UV e que nos contou histórias da vida de um euro-deputado. Já o tinha em muito boa conta, mas depois de um contacto tão próximo subiu ainda mais na minha consideração, e parece-me que faz falta em Lisboa.

Por baixo do restaurante havia uma espécie de “discoteca” que a julgar pelo cheiro não devia de ser usada há muito muito tempo… Ao som de êxitos dos anos 90 como “Niranana, I love you baby” e outras coisas ainda piores a malta fez a festa dentro do possível. A certeza de no dia seguinte ter voltar a Portugal e à “realidade” também não ajudou para que a festa fosse melhor.