Gostava de ter sido eu escrever

Vale a pena ler o artigo que o Vasco Campilho escreveu sobre as constantes batalhas internas no PSD:

O mal e a caramunha

Só quem não assistiu à luta surda – e às vezes nem tanto – entre Sarkozy e Villepin nos últimos anos da presidência Chirac é que pode pensar que o PSD é um caso de excepcional conflitualidade interna num partido de poder. O que me preocupa no PSD não é o confronto político em si: é constatar que há um grupo de pessoas que age como se as regras do leal confronto democrático não lhes fossem aplicáveis.

Porque vou votar PSD

Não fosse eu militante do PSD e ainda poderia ter dúvidas se havia de votar na lista encabeçada por Ministro dos Santos. Se assim fosse poderia fazer uma escolha por exclusão de partes:

  • o Bloco de Esquerda apresenta-se na sua linha do costume, sem história no Concelho e com um cabeça de lista “intelectualoide” (foi este o termo com que me foi descrito por um militante do BE), pela ideologia e pela amostra que tivemos noutros executivos camarários (vide Sá Fernandes em Lisboa) nunca seria capaz de votar neste partido;
  • A Coligação Democrática Unitária tem um nove que me faz arrepios, democracia quer pluralidade e unitário não é plural. Para além disso o seu programa resume-se em “tirar de lá o Zé Ministro”;
  • O Partido Popular não tem expressão em Mafra e nem sei o que defende para o Concelho;
  • O PS já demonstrou a sua incapacidade em fazer algo pelo Concelho, a última vez que  esteve perto de ganhar ao PSD acabou por aceitar pelouros e nos mandatos seguintes foi uma nulidade como oposição;
  • Sobrava o PSD que tem obra feiita e entre que já deu mostra de que faz e o desconhecido mais vale votar no que já se conhece.

Outra forma de escolher em partido votar seria olhar para o que tem sido feito  nos últimos anos e pensar se vale a pena mudar.

Nos últimos anos o Concelho de Mafra assistiu a um desenvolvimento estrondoso, é certo que foram cometidos alguns erros mas só quem nada faz é que não os comete.

Desde os equipamentos desportivos, passando pela enorme aposta na educação – que levou a rasgados elogios por parte do Primeiro-Ministro e da Ministra da Educação (do PS) que inclusivamente afirmaram que Mafra é um exemplo a seguir pelas outras autarquias – acabando nas acessibilidades (deixo a questão da A21 para depois).

Nesta vaga de transformações que passou pelo Concelho convém ainda ter em conta a mutação de zona rural para suburbano e os desafios que por aí se colocaram. O saneamento básico tem sido uma aposta e em breve vai cobrir mais de 90% do Concelho.

Também no turismo a aposta tem sido clara e feita no sentido da qualidade em detrimento da qualidade.

O crescimento populacional do Concelho é indicador da qualidade de vida que temos. Se Mafra não fosse um concelho bom para viver certamente que não haveria tanta gente a mudar-se para cá.

Feita esta breve análise não arriscaria a mudar só porque “Mudança” é uma palavra que fica gira nos cartazes. Está feita a escolha, voto PSD.