Os políticos que temos

Não sei o que é pior: um político que rouba os gravadores dos jornalistas ou um político que considera uma “violência psicológica” quando dois jornalísticas o pressionam com perguntas.

Mas vendo o exemplo do chefinho, quando em modo “animal feroz”, de Ricardo Rodrigues é fácil perceber este mau estar com a comunicação social.

Convém relembrar que foi este senhor que despoletou o episódio do “palhaço” na AR. É desta qualidade que são feitos os vice-presidentes da bancada parlamentar do PS?

Para o PS a privacidade é coisa pouca

Depois de querer implementar uma forma de conseguir saber a qualquer momento onde os portugueses andam, através da matrícula electrónica, o PS prepara mais um ataque brutal à privacidade.

Eis, em síntese, o projecto de lei que o PS tenciona apresentar, muito brevemente, na Assembleia da República: tornar públicos todos os rendimentos brutos declarados de todos os contribuintes.

Depois de anos sem uma edição do Big Brother em Portugal, o PS decide alimentar as necessidades voyeristas dos portugueses e chama-lhe combate à corrupção. Provavelmente, o sonho socialista passa por uma sociedade de bufos e chibos que pesquisam os rendimentos do vizinho para saber se ele tem mesmo dinheiro para o carro novo.

Para James Moor, a privacidade é a expressão da nossa necessidade de segurança, reparem que um ladrão que saiba quanto é que as suas vítimas ganham poderá fazer uma escolha mais eficaz. Também aqui se deve aplicar o ideal socialista, qual Robin dos Bosques, o ladrão poderá escolher os mais abastados para não ter de perder tempo, perdão, para poupar os mais desfavorecidos da sua actividade. Deve ser mais ou menos esta a ideia de distribuição da riqueza dos socialistas.

Actualização: agora dizem que a proposta não era do PS