Somos todos bancários

Ou pelo menos andamos todos a bancar as políticas demagógicas deste governo socialista. Parece que agora o estado deu em dar empréstimos a quase toda a gente, depois das garantias aos bancos que não souberam gerir os dinheiros que têm a seu cargo é a vez do Estado – que, nunca é demais relembrar, somos todos nós – emprestar dinheiro aos funcionários públicos que estejam com dificuldades, nem que essas dificuldades sejam para comprar um electrodoméstico.

Em caso de doença, funeral, desemprego, realização de obras e compra ou arrendamento de casa, os funcionários públicos ou aposentados – que estejam em dificuldades financeiras – vão ter direito a um empréstimo do Estado até 2648 euros por ano. 

Com esse dinheiro, os funcionários públicos podem comprar, inclusivamente, um electrodoméstico. 

No meio disto tudo ainda fico contente que o Governo esteja a ser descriminador, é que se trabalharmos no privado e não tivermos família directa na função pública bem que podemos ligar para a Cofidis ou outra coisa do género, já viram o que era termos de bancar estes empréstimos a fundo perdido ao pessoal que trabalha a recibos verdes e que a certas alturas não sabe bem se está de férias ou desempregado?

Há dois tipos de pessoas que podem recorrer a este apoio: os que ganham pouco e os que ganham muito. 

A diferença é que: 

Bem, se os que recebem menos de 407 Euros não têm de devolver o dinheiro emprestado parece que os aumentos na função pública são bem maiores do que havia sido anunciado.

Convém ainda deixar uma nota para a excelência e sentido de responsabilidade que mais uma vez os sindicatos demonstraram ao virem criticar estas medidas por serem “lágrimas de corcodilo“.

Onde estão as criticas dos que criticaram o Estado por ajudar os bancos – cuja falência destruiria a economia nacional e arrastaria milhares e milhares de pessoas para a miséria?