Pequenos grandes cobardes

Subscrevo na integra o artigo que o Henrique Burnay assina no 31 da Armada, do qual saliento este excerto:

O que me faz confusão não é facto de haver tantos anónimos nas caixas de comentários, é a banalidade do que justifica o seu medo que me faz impressão. Eu compreendo que um membro do governo use do anonimato para desancar no colega do ministério do lado (é pouco corajoso, mas compreende-se de que tem medo), ou que um empregado da Sonae não queira ser apanhado a criticar a OPA. Goste-se ou não, compreende-se o que temem. Mas nas caixas de comentários não. Na maior parte dos casos são comentários “banais”. Gente que discorda, que concorda, que insulta um pouco, mas, na grande maioria dos casos, nada que dê direito a despedimento, espancamento ou infâmia. Não há uma única ameaça de consequência, pelo que nem de cobardia se trata. Têm medo de quê? Temo que seja deformação profunda.

Só ainda não sei se me desilude mais esta falta de coragem de dar a cara ou a cobardia de criticar uma pessoa, ou o que ela escreveu, sem se referir a ela.

Publicado por

Nuno Ferro

Nuno Ferro tem 38 anos, cresceu em Mafra e mais tarde mudou-se para Lisboa. Actualmente, trabalha na Sky como Reliability Manager.

4 comentários em “Pequenos grandes cobardes”

  1. Caro Nuno, espero poder presumir que o comentário final não me é dirigido. É que, caso contrário, seria um processo de intenções sem fundamento nem causa. Mas imagino que seja eu que li mal.

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