Acordei com alguém a bater-me à porta, passava pouco das nove horas e tinha meia hora para me encontrar com o resto da malta na entrada do hotel, ia ser o nosso primeiro contacto com Bruxelas de dia.
Alguém tinha preparado um roteiro para o dia que começou por apanharmos o tram – que é uma espécie de Metro do Porto, tão depressa vai debaixo do solo como parece um eléctrico de Lisboa – no sentido contrário. Segundo me disseram íamos em direcção a um mercado de antiguidades mas na realidade – talvez também pela hora a que chegámos – não passava de um mercado feio de lixo onde só uns instrumentos musicais pareceram ter interesse.
Daí para o Palácio da Justiça não demorou muito, e esta terá sido a zona da cidade mais desnivelada por onde passei existindo até um elevador do género que queriam construir para o Castelo de S. Jorge. Chegados lá a cima a vista foi uma semi-desilusão, e havia putos a fazer uma barulheira desgraçada no recreio de uma escola, seguimos para a zona cara de Bruxelas, onde se encontram embaixadas e lojas baratas como a Versace, por esta altura já começava a ficar farto de estarmos sempre à espera de alguém…
Foi por aqui que comi o primeiro gauffre em terras belgas, estava bom mas mais tarde comi bem melhores, esta deve ter sido a parte menos interessante da viagem e foi aqui que, depois de almoçar, decidi voltar ao hotel para descansar para estar fresquinho quando fosse ter com os rotaractistas de Bruxelas.
Achei a rede transportes públicos um bocado confusa, mas talvez por não ter percebido muito bem a ligação entre o Metro e o Tram, ainda assim de onde estava para o hotel foi um pulinho e as duas horas de descanso souberam-me pela vida.