Lideranças

No passado fim de semana realizou-se o XXII Congresso de Rotaract e VI de Interact, foram 3 dias de grande companheirismo e que me serviram para analizar como são os outros clubes.

Para quem não conhece o movimento eis os principais objectivos:

  1. Desenvolver liderança e perícia profissional;
  2. Difundir o respeito pelo direito dos demais, com base no reconhecimento do valor de cada um;
  3. Reconhecer o mérito de todas as ocupações úteis como oportunidades para servir a sociedade;
  4. Reconhecer, praticar e promover padrões de ética, capacidade de liderança e responsabilidade profissional;
  5. Estudar e compreender as carências, os problemas e as oportunidades de servir na comunidade e no mundo;
  6. Proporcionar oportunidades para actividades pessoais e em grupo com o objectivo de servir à comunidade e promover a boa vontade e a compreensão internacional.

Para mim os pontos 1 e 4 não têm tido a relevância que deviam, os grandes líderes são cada vez menos e mais pequenos e foi por isso que achei fantástica a forma como os participantes do congresso aclamavam o nome da Representante-Eleita – ainda que estivesse presente na qualidade de Presidente do RTC Algés.

Existem dois tipos de líderes: os natos, que têm uma “estranha” capacidade de levar as pessoas a segui-los. e os que aprendem a liderar.

Para se ser líder tem de se preencher alguns requisitos:

  • saber falar;
  • ter postura;
  • saber ouvir;
  • ter capacidade de iniciativa.

Quando digo “saber falar” refiro-me aos vários tipos de discurso que um líder tem de ter, falar pessoalmente com alguém não é a mesma pessoa que discursar perante uma sala cheia e não são raros os casos em após um discurso brutal uma conversa demonstra o vazio de quem o proferiu. Depois há que ter postura, ser sério sem se ser cinzento, saber escolher o momento para se “entrar na loucura”. E fundamentalmente saber ouvir, porque um líder que não ouve acaba por ser autista e as pessoas deixam de se identificar com ele.
Deixei para último a capacidade de iniciativa, é que ser-se líder trás várias chatices mas a pior é toda a gente ficar à espera que o líder faça, se o líder não fizer então ou ninguém faz e o grupo torna-se inerte e dissolve-se ou alguém acaba por fazer e começa a despontar como novo líder.

Em Rotaract todos devem ser líderes:

  • o Representante Distrital deve liderar os Presidentes dos clubes;
  • os Presidentes devem liderar os restantes membros dos clubes;
  • os membros dos clubes devem liderar projectos desenvolvidos no clube.

Infelizmente, e isto pode ser o meu lado negativo a falar, não vejo muitos líderes no movimento rotário, as pessoas têm medo de se comprometer, de tomar a iniciativa ou simplesmente de falar. É por isso que me congratulo por ver que a próxima Representante do Distrito 1960 de Rotaract tem o respeito e aclamação de todos como tem, concerteza vai conseguir liderar os presidentes a liderarem os seus clubes e no processo novos líderes vão surgir.