Fé e convicções

Sou católico. Professo e pratico. Dia 13 estarei em Fátima. Não preciso de tolerância de ponto para nada. Tenho pena de viver num país em que o Estado concede tolerância de ponto aos seus funcionários na visita papal. Fraca fé a dos que dela precisam para celebrar a vinda do Santo Padre.

António Nogueira Leite (no Albergue Espanhol)

Sobre o mesmo assunto a Sónia Ricardo fez uma dupla entrada no blog e no Facebook, sendo neste último que  a discussão foi mais interessante. Por lá tive oportunidade de afirmar que, por principio, não concordo com este tipo de tolerâncias de ponto, ainda que neste caso não me choque.

Choca-me sim a falta de convicção que as pessoas demonstram ao necessitarem de uma tolerância de ponto para se manifestarem por aquilo em que acreditam.

A titulo de exemplo, já por várias vezes gastei dias de férias para efectuar trabalho político, fosse para preparar eleições ou para estar presente num qualquer evento. Fi-lo por convicção de estar a fazer e/ou a defender aquilo em que acredito. E voltaria a fazê-lo mesmo que isso significasse menos uns dias a apanhar sol na praia.

Há um ano e pouco, quando encabecei uma lista à Comissão Política de Secção da JSD Mafra não escondi a nenhum dos que me acompanharam que seria quase impossível vencermos, mas isso não nos demoveu. Tínhamos um projecto que queriamos cumprir e por isso não nos preocupámos minimamente com os sacríficios que tivemos de fazer naqueles dias.

Seria de esperar que por fé religiosa as pessoas tivessem ainda mais facilidade em se sacrificarem.

Dívida Pública for dummies

A melhor explicação sobre o Défice e a Dívida Pública que já vi:

o problema é que a família Silva gastou no ano 2000 mais do que o que ganhava. Todos os meses gastou 1.100€, ou seja, mais 10% do que o que ganhava. Chegou ao fim do ano e tinha gasto 12.000€ + 1.200€ = 13.200€, ou seja, mais 10% do que do Produto Interno Silva. O Défice Silva Anual nesse ano foi de 10% face ao Produto Interno Silva.