Este não tem o meu voto

O candidato social-democrata propõe a revogação das leis “que põem em causa as expectativas legítimas dos funcionários públicos e os direitos adquiridos”.

Os direitos adquiridos dos funcionários públicos são uma das maiores injustiças sociais existentes no país. Progressão na carreira apenas por antiguidade? Sair às 17h30 e já estar pronto às 16h30? Contratados a recibos verdes para fazer o trabalho dos que estão encostados porque simplesmente estão no quadro da função pública?

Só conseguiria compreender alguns dos direitos adquiridos da função pública se esta prestasse um serviço de qualidade, infelizmente, em milhares de funcionários públicos, poucos são os que merecem tais benesses.

Publicado por

Nuno Ferro

Nuno Ferro tem 38 anos, cresceu em Mafra e mais tarde mudou-se para Lisboa. Actualmente, trabalha na Sky como Reliability Manager.

3 comentários em “Este não tem o meu voto”

  1. Eu ia começar a refilar, mas… lembrei-me que aqui há dias precisei de visitar o emblemático serviço de finanças de Mafra, onde a eficiência e a simpatia do atendimento trouxeram ao de cima os meus piores instintos sanguinários.

    Mas não consigo deixar de deixar o reparo que se há muitos que abusam das regalias (e nestas coisas, um já é demais), também há aqueles que as justificam.

  2. Lá está, os que poderiam justificar são a excepção e não a regra.

    Ainda assim nunca acreditei e nunca vou acreditar em promoções por antiguidade.

  3. Também nunca acreditei nessas promoções. Já passei por elas, duas vezes na minha carreira, e sempre que mudei de escalão senti o peso da responsabilidade acrescida. Mas também vi aqueles mais negligentes a mudarem de escalão, automáticamente, tal como aqueles mais esforçados, que mereciam um pouco mais. Tudo igual, quer se faça, simplesmente, o seu trabalho (e, no fundo, é esta a ideia essencial), quer se vá para além do que nos é pedido, quer se seja perfeitamente negligente. A ideia de igualdade é nobre; infelizmente, é fácil ser aproveitada para fins pouco nobres. Isso terminou, felizmente. Infelizmente o sistema que o substitui vai abrir caminho a nepotismos…

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